Dezembro Vermelho: testagem e prevenção são aliados contra a Aids

Período é dedicado à luta contra o vírus HIV mas também contra todas as infecções sexualmente transmissíveis (IST)

Chegamos ao último mês do ano, um período marcado pela campanha Dezembro Vermelho, caracterizada por uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis). O objetivo é chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

A Aids (sigla em inglês de Síndrome da Imunodeficiência adquirida) é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. 

De acordo com informações do Ministério da Saúde, 694 mil pessoas estão em tratamento contra o HIV no Brasil. Neste ano, 45 mil novos pacientes iniciaram a chamada terapia antirretroviral. Os números representam cobertura de 81% das pessoas diagnosticadas com HIV no país. Do total de pacientes em tratamento, 95% já não transmitem o vírus por via sexual por terem atingido carga viral suprimida (indetectável). 

Para a infectologista do Laboratório Padrão/Grupo Pardini, Marília Dalva Turchi, um dos aspectos fundamentais é a testagem. Ela reforça a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que 90% das populações sejam testadas. “É fundamental que as pessoas diagnosticadas tenham acesso ao tratamento. Tratar precocemente é um pilar primordial e que assegura a qualidade de vida dos infectados”, alerta.  

No Brasil, todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com os medicamentos antirretrovirais, independente do estágio da doença, para proteger o sistema imunológico. Esses medicamentos (coquetel), são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e impedem que o vírus se replique, evitando que a imunidade caia e a doença avance. 

Ainda segundo a infectologista, depois que a pessoa iniciou a medicação é necessário manter o tratamento com disciplina. “Usar o coquetel regularmente, sem falhas, é essencial para assegurar os benefícios da medicação e seguir uma vida normal”, observa. 

Todo esse cuidado é essencial pois os pacientes HIV positivos podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. 

A infectologista do laboratório Padrão lembra ainda que o SUS também disponibiliza outras estratégias de prevenção combinada com uso de medicações antirretrovirais como a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP).  A PreP é indicada para pessoas que estão mais expostas ao vírus e a PEP pode ser usada até 72 horas após uma exposição de risco.  “Essas medidas são complementares as demais recomendações clássicas de prevenção e tem tido impactos positivos, reduzindo as novas infecções”, conclui.  

Somente incentivando a prevenção, estimulando a testagem e o tratamento precoce, além de combater o preconceito, será possível avançar na pauta do combate ao vírus, proporcionando segurança à população e uma vida saudável aos pacientes. 

Oi Goianenses podem contar com 30 unidades do Laboratório Padrão espalhadas pela cidade. Para consultar o serviço de análises clínicas, vacinação e de coleta domiciliar para exames laboratoriais, basta entrar em contato pelo número, que também é WhatsApp: (62) 3221-9000.

Na foto, a Dra Marilia Turchi. Crédito – Divulgação

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