Coletivo Asas leva música gratuita para os terminais de ônibus da capital nesta semana

Alunos do projeto sociocultural vão brindar usuários do transporte coletivo com apresentações musicais que vão contar com a participação de músicos profissionais do grupo Vida Seca, da flautista Adriana Losi, do baterista Ricardo de Pina e do trombonista André Luiz, no Terminal das Bandeiras e Garavelo. Essa semana, usuários do transporte coletivo da capital Goiânia serão contemplados com apresentações musicais gratuitas, enquanto aguardam para seu próximo destino nos Terminais Garavelo e das Bandeiras, na capital Goiânia. Os alunos do projeto sociocultural Coletivo Asas vão promover duas apresentações em terminais de ampla movimentação como forma de concluírem a primeira etapa do projeto Coletivo Asas, promovido pela HP Transportes e que contemplou alunos de 10 a 15 anos em escola municipal Renascer, do Setor Real Conquista.

As apresentações que vão acontecer às 17h30, serão realizadas na quarta-feira (11/09), no Terminal Garavelo; e na sexta-feira (13/09), no Terminal das Bandeiras. Os jovens integrantes do projeto vão contar com a participação de consagrados músicos, como os integrantes do grupo Vida Seca, da flautista profissional Adriana Losi, do baterista Ricardo de Pina, do trombonista André Luiz, além de alguns colaboradores da HP Transportes, que também são apaixonados por música.

“Desde que o projeto foi idealizado, havia essa intenção de que as apresentações de encerramento da primeira etapa fossem feitas para brindar o público que diariamente utiliza o transporte coletivo como opção de deslocamento. Essa foi a forma de contemplá-los com o resultado de uma das ações socioculturais que são promovidas pela HP Transporte na sociedade”, explica Ricardo de Pina, coordenador artístico do projeto e diretor da Criô Projetos e Ação, que idealizou junto à HP toda a concepção do Coletivo Asas.

Os alunos irão apresentar peças que contemplam diferentes ritmos como o xote, a ciranda, o samba reggae e o funk. “Trabalhamos com elas a inserção em ritmos que traduzem a nossa cultura, a nossa variedade rítmica. E estamos ansiosos para levar essa alegria aos usuários do transporte coletivo”, esclarece Ricardo Roquetto, integrante do grupo Vida Seca, que também é um dos condutores das oficinas do projeto.

Sobre o Coletivo Asas

Partindo do princípio de que a música é um forte mecanismo de transformação comportamental e social, a HP Transportes, empresa que atua há mais de 50 anos no ramo do transporte coletivo, desenvolveu um projeto que une a musicalidade com a oportunidade de se reciclar materiais inservíveis oriundos da sua própria oficina. Assim surgiu o Coletivo Asas, um projeto social que está em sua primeira edição sendo executado na Escola Municipal Renascer, no bairro Real Conquista, na capital Goiânia.

“Para nós da HP, que sempre buscamos desenvolver junto à comunidade ações que impactem positivamente a vida das pessoas, seja no âmbito social ou sustentável, vimos no desenvolvimento desse projeto uma oportunidade de colaborarmos com a formação de crianças e jovens quanto à importância de se ressignificar itens que descartamos diariamente no meio ambiente. E ainda despertar junto à consciência ambiental de forma proativa, o lado cultural para a musicalidade, pois entendemos que a arte é um refúgio seguro diante da instabilidade de algumas realidades”, reflete a diretora executiva da HP, Indiara Ferreira.

Para dar vida ao projeto, a HP Transportes contou com a parceria estabelecida junto à Criô Projeto e Ação, que foi a responsável por formatar a ideia trazendo para fortalecê-la parceiros importantes que estão há décadas pensando na sustentabilidade associada à música. Para conduzir o trabalho de confecção dos instrumentos musicais com itens inservíveis e oferecer as oficinas de música que ensinam a tocar os instrumentos, foram convidados para o projeto os profissionais do Grupo Vida Seca, que há duas décadas levam a mensagem de que música e consciência ambiental podem perfeitamente caminharem juntas.

O Grupo Vida Seca é reconhecido pelo seu trabalho autoral desenvolvido totalmente com instrumentos construídos de sucatas. Com três álbuns gravados e turnês que passaram por Portugal, Argentina e Uruguai, o grupo tem provado em cada apresentação que é possível se fazer música sem recursos necessários para comprar instrumentos; que há música onde menos se imagina, até mesmo naquilo que não se vê mais utilidade.

Para receber a primeira edição do Projeto Coletivo Asas foi escolhida a Escola Renascer, localizada no bairro Real Conquista, na capital Goiânia. Segundo a diretora Larisse Elaine da Silva Santos, a região é marcada por vários episódios de violência, já tendo ocorrido inclusive tiroteio na porta da escola. A unidade atende quase 900 alunos, do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos. “Para a nossa comunidade escolar é muito importante estarmos abertos para o desenvolvimento de projetos, tanto que atualmente contamos com três projetos diferentes em andamento. Todos voltados para a consciência social, ambiental e agora, até musical”, explica a diretora.

Nesta etapa foram selecionados 21 alunos para participarem das oficinas, porém, após as férias escolares de Julho, seis alunos não retornaram devido à mudança para outros bairros. “Essa é uma realidade muito constante aqui. Famílias mudarem com frequência em busca de um local mais tranquilo para se viver”, esclarece Larisse. Atualmente, o projeto conta com 15 alunos de 10 a 15 anos que dedicam-se às oficinas no contraturno das aulas, duas vezes por semana, todas as terças e quintas, das 15h às 17h. Todos os selecionados recebem uma bolsa auxílio paga pelo projeto de R$180,00. “Sabemos que alunos estão ajudando em casa com essa bolsa, outros já planejam comprar algo para si, como uma bicicleta”, conta Larisse.

Conforme explica o músico Ricardo Roquetto, integrante do Grupo Vida Seca, na primeira fase do projeto os alunos foram instruídos a construírem os instrumentos, momento esse em que latas de refrigerante viraram chocalhos; foram feitos tamborins de tubo de pvc e pele de garrafa pet; tambores graves feitos com latas de plástico duro e baquetas de cabo de vassoura com ponta de câmara de ar, que ajudam a harmonizar o efeito das batucadas.

Serviço:
Apresentações do Coletivo Asas
Quarta-feira (11/09) – 17h30 hs – Terminal Garavelo
Sexta-feira (13/09) – 17h30hs – Terminal Bandeira

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