AILA – Academia Itumbiarense de Letras e Artes.

Diêgo Vilela toma posse na Academia Itumbiarense de Letras e Artes e reforça valor da educação e da cultura

Advogado ocupa a Cadeira nº 01, que já pertenceu ao ex-prefeito e fundador da academia, José Gomes da Rocha (Zé Gomes), e que tem o médium Chico Xavier como patrono

Uma paixão que começou muito cedo, acompanhando a respeitada atuação da mãe como professora de português. Desde a infância, o advogado Diêgo Vilela nutriu o amor pela linguagem, compreendendo a importância da boa comunicação e do zelo pelas regras gramaticais. Tudo isso despertou o seu interesse pelo estudo acadêmico e o fez ser eleito, por votação unânime, membro da Academia Itumbiarense de Letras e Artes (Aila), um dos mais jovens integrantes da Casa.

A posse, realizada no dia 12 de setembro, no La Vista Rooftop, em Itumbiara (GO), marcou a entrada de Vilela à Aila como o membro da Cadeira nº 01, destinada às Letras. Assento que já foi ocupado pelo ex-prefeito e fundador da academia, José Gomes da Rocha (Zé Gomes), e que tem o médium Chico Xavier como patrono.

Conduzida pelo presidente da Aila, Sidney Pereira de Almeida Neto, a solenidade contou com a presença de familiares, amigos e demais membros, como forma de prestigiar o mais novo integrante da instituição.

“Durante os próximos anos, não pouparei esforços para dar a essa Casa o que ela merece e contribuir, ao máximo, com a entrega, a um público entusiasmado e apaixonado pelo campo da cultura e das artes, do que ele espera. Portanto, é com este compromisso que chego à Academia Itumbiarense de Letras e Artes, com o compromisso de conferir tonicidade e dinâmica às suas atividades, sem o distanciamento da ideia de que aqui é o reduto da tradição”, discursou Vilela.
Figura materna

Na ocasião, Diêgo Vilela ressaltou o relevante papel que a mãe, Maria Rita Vidica, teve em suas escolhas e vocações. “Essa senhora – e eterna professora – aos meus quatro anos, decidiu que eu deveria estudar, e que isso começaria logo cedo. Daquela época, a recordação que tenho provém das fotografias, que tinham como pano de fundo as edificações do Colégio Diocesano e que retratavam um garoto de corpo magro e franzino, de tenra idade, que mal cabia no uniforme, no seu primeiro dia de aula”.
Segundo ele, apesar do cenário árido e de dificuldades financeiras, nunca presenciou Dona Maria Rita reclamar na tomada de qualquer decisão que envolvesse sua educação. “Portanto, essa professora, com formação em magistério, conduziu, por anos a fio, minha educação e a modulação do meu caráter com pulso firme, como uma verdadeira ‘Dama de Ferro’. Às vezes com excessos, às vezes com omissões, porém, nunca errada. Obrigado, Professora Maria Rita!”, disse.
Trajetória acadêmica
A trajetória acadêmica de Diêgo Vilela iniciou no curso de Direito da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), na cidade mineira de Ituiutaba, após aprovação na primeira tentativa. Mais uma vez, os desafios na nova cidade se transformaram em oportunidade.
“Além da saudade de casa – do lençol cheirosinho, da comida de mãe e das coisas arrumadas – as privações eram muitas, e elas estavam relacionadas desde a escassez de alimentos até a falta de materiais e de recursos para estudo. Lembro-me muito bem de que não possuía computador particular para pesquisas ou desenvolvimento de trabalho, e o acesso à Internet, quando muito, e com muita sorte, tinha que ser feito na faculdade. O que, portanto, restava a nós, alunos menos favorecidos – a grande maioria na instituição -, era o vasto acervo da biblioteca”.
Surgiu ali o seu apreço pela leitura, pela literatura e pelos livros. Afinal, eles eram as únicas “armas” contra a solidão, ao mesmo tempo em que, além do conteúdo proposto em sala de aula, os materiais eram praticamente seu recurso exclusivo para estudo das matérias e aprovação nos testes.
Por volta do segundo ano de faculdade, por questões familiares e financeiras, Vilela precisou retornar à Itumbiara e resolveu tentar uma vaga na primeira turma do curso de Direito do ILES/ULBRA. “O retorno para o território goiano era indesejado. Afinal, eu estava saindo de uma instituição tradicional, com anos de história e forte referência na formação de profissionais do Direito, para migrar para uma universidade que, à época, ainda preparava sua primeira turma daquele curso. No entanto, esse retorno, certamente, foi uma das providências divinas em minha vida, fruto de minha firme devoção no nosso Criador”, narra.
Isso se deve ao contato com Dr. Rui Denizard na nova instituição de ensino, tido por ele como um divisor de águas em sua carreira. “Tive a oportunidade de ser aluno de um grande mestre, que hoje se torna meu confrade, a quem, de plano, elegi como um de meus modelos intelectuais. Ser aluno, na graduação, do Professor Rui, foi uma experiência marcante em minha trajetória acadêmica. Trata-se de alguém que não me canso de reverenciar, buscando realizar aquele sentimento que todo jovem sonhador busca no Direito: Justiça”.
Advocacia
Depois disso, mesmo sob forte influência de amigos e familiares no sentido de seguir carreira jurídica e prestar concurso público, convictamente, Diêgo Vilela seguiu a opção mais acertada: a advocacia. “Com a advocacia, cresci e amadureci como ser humano e profissional. Busquei especializar-me, e, de logo, o aprofundamento dos estudos de pós-graduação. A primeira, na área do Direito Tributário, seguida do Direito do Trabalho, do Direito Público e, por último – mas não a última – em Direito do Agronegócio”.
Nesse contexto, ele cita outra mentora que teve importante influência em sua trajetória: a advogada paulista Fátima Martins. “Com ela, aprendi que ética e retidão são virtudes inegociáveis, e, ao mesmo tempo, passei a entender que o advogado deveria ser sempre técnico, sem, todavia, distanciar-se da coragem, já que, segundo Fátima, técnica e coragem poderiam habitar o mesmo profissional sem que houvesse, ali, uma antinomia”.
Como um bom discípulo, ele ouviu, assimilou os ensinamentos e construiu uma base sólida para uma atuação pautada pelo conhecimento. “Partindo daí, tenho me dedicado, há quase duas décadas, à pesquisa científica, voltada principalmente para a área do Direito, e dela emanaram dezenas de artigos escritos, publicados na rede mundial de computadores, colunas jurídicas, revistas etc”.
Ele destaca o livro “O Controlador – Pontos Críticos na Gestão Pública Municipal / Da Legalidade à Fraude”, lançado em janeiro de 2021, que foi prefaciado pelo Ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), e pelo Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCMGO), Joaquim Alves de Castro Neto.
“Por motivos óbvios, me enveredei pelo caminho de ministrar aulas, proferir palestras na área jurídica e, ainda, de participar, como mentor, de programas de mentoria da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, sempre visando contribuir com o aprimoramento da formação técnica de profissionais de diversas áreas e, também, de colegas advogados”, acrescenta.
Hoje, ele comanda um dos maiores e mais respeitados escritórios de advocacia do sul do Estado, o Diêgo Vilela Sociedade de Advogados, que possui diversas áreas de atuação e atende centenas de empresas e milhares de clientes pelo Brasil.

O escritório, inclusive, recebeu o prêmio “Mérito Lojista 2024”, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), como o escritório de advocacia mais lembrado pelos moradores do município. Fundado há mais de uma década, surgiu com o propósito de trazer algo inovador para o atendimento jurídico do empresário, a chamada “advocacia de empresas”, com investimentos nos mais modernos recursos humanos e tecnológicos.

Reconhecimento
Todas as ações de Diêgo Vilela, canalizadas para o campo cultural e do conhecimento, renderam reconhecimento na mesma proporção dos esforços. No âmbito de sua atuação jurídica, ele carrega dezenas de títulos e premiações recebidos ao longo dos últimos anos.
Tal reconhecimento tomou proporção estadual, quando foi condecorado pelo Governador Ronaldo Caiado com a “Medalha Da Ordem Do Mérito Tiradentes” – a mais alta honraria da Polícia Militar do Estado de Goiás – criada para homenagear autoridades civis, eclesiásticas e políticas com reconhecidos trabalhos em suas respectivas áreas de atuação.
Empossado o segundo mais jovem membro da Aila, Diêgo Viela concluiu seu discurso de posse demonstrando toda sua gratidão. “Se minha experiência de vida relativamente curta já atesta o meu compromisso com o dinamismo e a construção de novas realidades, o que os senhores e senhoras fizeram, na eleição para uma cadeira marcada por nomes tão importantes, foi dar espaço a alguém que acredita que não veio ao mundo a passeio, e que execra profundamente toda forma de apatia. Simultaneamente, ao me elegerem, os senhores e senhoras também apostaram em uma ‘obra’, ainda a ser construída e da qual somente o tempo poderá dizer em que medida terá valia para a sociedade”.

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