Aromaterapia: conheça os benefícios e aprenda a usar
Técnica é usada pelo SUS desde 2018 por ser natural, barata e não apresentar reações adversas. Profissional alerta quanto ao uso correto para evitar queimaduras e lesões na pele
Você está cansado de tomar remédios de farmácia e quer conhecer um método alternativo para melhorar sua saúde? Hoje você vai conhecer uma terapia natural que tem sido muito procurada nos últimos anos por apresentar bons resultados e quase nenhuma reação adversa: a Aromaterapia.
A Aromaterapia é uma ciência milenar baseada em fitoterápicos, que são as essências das plantas e podem ser retiradas das várias partes, como das flores, dos frutos, do caule ou das folhas. A essência da Aromaterapia é o óleo essencial. “Diferente do que muitos pensam, os óleos não contêm ácidos graxos, por isso são muito voláteis. Por exemplo: se eu deixar um vidro de óleo essencial aberto pela manhã, no final do dia ele já estará pela metade”, explica a fisioterapeuta, acupunturista e professora de Terapias Alternativas do curso de Estética da Faculdade Senac Goiás, Thaís Bandeira Riesco.
Desde 2018 a Aromaterapia foi adicionada às Práticas Integrativas Complementares de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma alternativa prática, barata e que auxilia no tratamento de diversas doenças. “Nos últimos meses estamos escutando muito sobre Aromaterapia porque durante a pandemia estamos mais isolados, distante das pessoas que amamos para preservá-las e consequentemente muitas pessoas estão ansiosas, deprimidas e agitadas. Como essa técnica é uma terapia holística, ou seja, que abrange o indivíduo como um todo, ela está sendo usada para tratar essas doenças”, explica Riesco. A Aromaterapia pode ser aplicada de recém-nascidos a idosos e também é usada na cosmética, como tratamento para acne, manchas, rugas e sinais de expressão.
Como usar
Existem várias formas de usar os óleos essenciais, como por exemplo fazendo a aplicação diretamente na pele ou diluindo em óleos vegetais, também chamados de óleos carreadores.
Há também os difusores de tomada, que são difusores de cerâmica em que se coloca algumas gotas de óleo essencial junto com água para que ele faça a difusão do aroma no ambiente. Para crianças pequenas, por exemplo, pode-se pingar uma a duas gotas na banheira.
Ainda é possível diluir em álcool 70%. “Como o álcool é usado para a higienização das mãos e das superfícies, essa é forma para aromatizar a casa ou o consultório”, orienta a professora.
Thais explica que outra opção é utilizar na máscara: “Se você acordou estressado, pode pingar uma ou duas gotas de óleo calmante na máscara para passar o dia tranquilo. Por outro lado, se você acordou com muito sono, muito cansado, pode pingar algumas gotinhas de um óleo essencial energizante para passar o dia bem. Esse é um tipo de inalação direta. Também posso pingar algumas gotas de óleo essencial nas mãos, esfregar, aquecer e inalar.”
Para a criança ou para o adulto que dorme mal, por exemplo, a profissional orienta pingar algumas gotas de óleo de lavanda ou laranja doce no travesseiro. “São inúmeras as possibilidades e são coisas fáceis de fazer. Não preciso de uma técnica específica, nem de um aparelho diferente para eu poder utilizar”, destaca Riesco.
Cuidados importantes
Na hora de comprar o óleo essencial é preciso observar se a embalagem contém o selo de pureza, informando que o produto é 100% puro. “O óleo essencial precisa ser puro para apresentar todos os benefícios”, afirma a professora. Ele também precisa ter certificado da Anvisa. Caso a pessoa não conheça nada sobre Aromaterapia, ela pode recorrer às lojas especializadas em que os vendedores vão explicar para qual finalidade é cada óleo e como eles podem ser usados.
A Aromaterapia não tem contraindicação, mas é importante se informar para fazer o uso correto. “Alguns óleos de frutas cítricas são fototóxicos, ou seja, eu não posso passar e ir para o sol porque ele vai me causar uma queimadura. Por exemplo, o óleo de laranja, óleo de bergamota e de limão. Também temos óleos dermocáusticos, o que significa que eles podem lesar a pele, como o óleo de canela, que é muito forte, óleo de orégano, óleo de tomilho”, orienta Riesco.
Ela também alerta quanto ao uso oral dos óleos. “Alguns vêm com indicações de que podem ser ingeridos e temos que tomar cuidado porque eles precisam ser bastante diluídos, por exemplo em água aromática ou no suco. Também é preciso tomar o cuidado para nunca exceder a dose”, destaca.
É importante lembrar que a Aromaterapia não substitui o acompanhamento médico nem os tratamentos convencionais. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.