Brincadeira de criança?
Arquiteta cria equipamentos de lazer infantil adaptados para a família se divertir junto no playground, em Goiânia
O lúdico não faz parte apenas do universo infantil. Mesmo na idade adulta, existe uma lacuna para que os indivíduos se envolvam com brincadeiras, mas isso se torna cada vez menos frequente pela falta de tempo, pela falta de estímulo, pela cultura de associar um adulto brincando à improdutividade e também pela falta de estrutura. Mas, segundo especialistas, essa visão é equivocada. Adulto não só pode, como deve brincar, pois os benefícios são inúmeros, indo desde o estímulo à criatividade à melhoria da qualidade de vida.
Segundo o médico Bowen F. White, autor de “The Normal Isn’t Healthy”, brincar, pode facilitar o estabelecimento de laços profundos entre as pessoas, bem como ajudar no processo de cura. Scott G. Eberle, vice-presidente de The Strong – National Museum of Play, no Estado de Nova Iorque, reforça que “não se perde a necessidade de novidade e de prazer à medida que se cresce”, por isso a importância de se criar nas cidades espaços que estimulem e acolham gente grande nas brincadeiras.
Profissional que usa a criatividade a todo momento, a arquiteta e urbanista Juliana Castro, da JA8 Arquitetura, se deu conta desta realidade quando foi mãe. Ela se viu com o desejo de brincar com sua filha quando ia levá-la aos playgrounds, mas se ver impedida de ter um momento assim porque a estrutura havia sido dimensionada apenas para crianças.