Cinco situações cotidianas que a enxaqueca transforma em grande sofrimento

A doença não tem cura, mas tem tratamento. Os cuidados integrados permitem que os pacientes desfrutem de momentos de lazer e descanso sem dores.

Segundo estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de um bilhão de pessoas sofrem de enxaqueca no mundo, só no Brasil são cerca de 30 milhões com a doença, que é crônica e tem causa hereditária. Para elas, algumas circunstâncias do dia a dia – muitas vezes inevitáveis – podem se transformar em grande sofrimento. Conheça cinco dessas situações:

1) Dormir: além da insônia, a enxaqueca também é causa de pesadelos e bruxismo noturno (ranger e apertar os dentes);

2) Viajar: a cinetose, ou “mal do movimento” provocada pela enxaqueca, transforma uma simples viagem em um enorme problema que costuma começar já na infância, bem antes da dor de cabeça, sendo um sintoma precoce da enxaqueca. Náuseas, vômitos, palidez e mal estar acontecem por essa sensibilidade excessiva ao movimento;

3) Sair com os amigos: fotofobia (sensibilidade à luz) e fonofobia (intolerância a sons altos) são sintomas da enxaqueca, por isso, frequentar locais muito iluminados e barulhentos pode ser impossível;

4) Ir ao cabeleireiro: devido à alodínia (dor provocada por estímulos que normalmente não causam dor) e à constante sensibilidade e inflamação do couro cabeludo, contatos diretos com o cabelo podem causar muita dor;

5) Calor: as altas temperaturas também são inevitáveis (assim como as alterações bruscas nos termômetros), afinal, é impossível controlarmos o clima. O calor pode ser muito desconfortável para quem sofre de enxaqueca, assim como ir à praia, com a luz do sol e a areia branquinha, pode trazer sofrimento para quem tem enxaqueca. Nesse caso, a neurologista Thaís Villa, médica especialista no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, orienta não esquecer o óculos de sol e se manter hidratado.

Não tem cura, mas tem tratamento

“É fundamental entender que, ao tratar a enxaqueca, as chances de crise diminuem, permitindo que pessoas que têm a doença desfrutem dos momentos de lazer e descanso, afinal, normal é viver sem dor!”, explica Thaís Villa.

A médica orienta que a pessoa com enxaqueca procure um neurologista e inicie a jornada de tratamento da doença, que é complexa e tem muitas repercussões na vida do paciente, inclusive complicações vasculares (como risco aumentado para AVC e infarto), além de perdas na qualidade de vida, como alterações do sono e de humor, tendência à ansiedade e a problemas cognitivos, entre outras.

“O tratamento integrado visa o controle dos sintomas e da doença e deve combinar terapias com medicamentos de ponta e ajustes no estilo de vida, com acompanhamento de uma equipe multiprofissional, oferecendo atendimento de forma individualizada com o objetivo de proporcionar bem-estar ao paciente por meio do controle da doença e dos sintomas que ela faz acontecer”, completa Thaís Villa.

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