Consciência negra: confira iniciativas de combate ao racismo desenvolvidos por organizações apoiadas pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos

Instituído pela Lei 12.519/2011, o dia 20 de novembro é marcado como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra em todo o Brasil. A data incentiva discussões e o debate de estratégias que possam combater o racismo estrutural da sociedade brasileira. Para isso, muitos ativistas e lideranças contam com o apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos que, ao longo de seus 16 anos de existência, já doou R$50,2 milhões e apoiou mais de 1.200 projetos de defesa dos direitos humanos em diferentes causas. “Mesmo que já tenhamos avançado muito com o passar dos anos, ainda faltam políticas públicas que protejam a população negra e deem para uma vida digna e para a plena participação na vida social, política, em todas as instâncias da democracia. A partir do apoio a coletivos e organizações de base que estão a frente de debates importantes como esses, acreditamos que conseguiremos seguir adiante em direção a soluções para um sociedade igualitária e antirracista”, comenta Allyne Andrade, superintendente adjunta do Fundo Brasil.

Conheça iniciativas de cinco instituições apoiadas pelo Fundo Brasil para o combate ao racismo realizadas durante este mês de novembro.
 

1. Exposição no Memorial do Rio Grande do Sul sobre o Quilombo dos Teixeiras (RS)

O Memorial do Rio Grande do Sul acaba de receber a exposição sobre a história dos Teixeiras, comunidade quilombola da região. Na mostra, serão apresentados documentos históricos que registram a fundação e história do quilombo.

A Associação Quilombola dos Teixeiras é um exemplo notável de como uma comunidade unida pode enfrentar desafios históricos e contemporâneos, mantendo suas tradições e lutando pelo seu futuro. A associação é formada por representantes das 80 famílias quilombolas que vivem no território herdado por 15 pessoas escravizadas na primeira metade do século 19, a partir de registros em testamentos de três antigos proprietários do então campo da Caieira: Ana Tereza de Jesus, Manoel Teixeira de Batista e Roza Tereza de Jesus. A entidade tem a missão de defender o direito ao território ocupado pelos quilombolas; proteger o meio ambiente e a diversidade socioambiental local; e promover o desenvolvimento sustentável, econômico, social e cultural da comunidade.

Serviço

Data: De 11 de novembro a 31 de março de 2024

Valor da entrada: Gratuito

Local: Memorial do Rio Grande do Sul – R. Sete de Setembro, 1020 – Centro Histórico, Porto Alegre – RS

2. Lives com a Frente Sergipana pelo Desencarceramento (SE)

Nos dias 15, 22 e 29 de novembro, o coletivo Frente Sergipana pelo Desencarceramento realizará transmissões ao vivo para abordar o paralelo entre o sistema prisional e o navio negreiro, bem como a supressão da religiosidade afro-brasileira nas prisões privadas de Sergipe. As lives serão transmitidas no perfil do Instagram da instituição (@desencarcerase) e podem ser acessadas por meio deste link.
 

A Frente Sergipana pelo Desencarceramento é uma iniciativa estadual que reúne familiares de pessoas detidas e sobreviventes do sistema prisional. Sua missão é dupla: trabalhar pela redução do encarceramento em massa, particularmente da população negra no estado, e fortalecer a cooperação entre os familiares e aqueles que estiveram encarcerados.
 

Serviço

Datas e horários: 15, 22 e 29 de novembro às 20h00

Plataforma: Página do Instagram da instituição (@desencarcerase)

3. Oficinas sobre consciência negra com professores da rede pública estadual (GO)

Durante o mês de novembro, a ATRACAR (Associação em Defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiro) ministrará oficinas sobre consciência negra com professores da rede pública estadual de Goiás. As atividades acontecerão no dia 29/11.

A ATRACAR nasceu a partir da iniciativa de um grupo de religiosos de matriz africana de Águas Lindas. Tem como objetivo central a defesa dos direitos constitucionais das comunidades tradicionais de terreiro, abrangendo grupos de origem afro-brasileira, ameríndia e diversas outras manifestações culturais do país.
 

4. Encontros “Diálogos Cerrados: autocuidado e formação política para mulheres negras, quilombolas e juventude” (GO)

A partir de 17 de novembro, o coletivo Pretas de Angola promoverá encontros para discussão de temas como direitos, autocuidado e fortalecimento de mulheres negras, racismo institucional, políticas públicas para a comunidade negra, Economia Solidária, Criativa e de Cultura, entre outros. Além das rodas de conversa, a série de eventos ainda contará com oficinas e feiras.

A iniciativa tem como objetivo central capacitar mulheres negras jovens, permitindo-lhes assumir um papel de destaque na luta política pelos direitos humanos, sociais e culturais, além de compartilhar suas experiências com outros atores na cena de afirmação e resistência negra na região metropolitana de Goiânia.
 

Serviço:

Data e Local:

  • 17 de novembro (*) das 18h30 às 22h no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (antigo PETI), Rua 237, Qd. 12 Lt. 01 – Vila Morro Encantado, Cavalcante – GO.
  • 18 de novembro (*) das 18h30 às 22h no Centro Comunitário/Associação, Rua 05, quadra 72, lote 773, setor Cavalcantinho, Cavalcante – GO

*Atividades dirigidas a mulheres quilombolas do Município de Cavalcante (GO), seja da sede ou da Comunidade Quilombo do Engenho.

Data e Local:

  • 30 de novembro a 12 de dezembro (**) das 09h às 17h na Rua Formosa, Qd 28 e 29 – Loteamento Santana, Uruaçu – GO
     

**Atividades abertas à comunidade interna e externa.

5. Aula Pública – Medida protetiva: não protege, não abriga, não acolhe mulheres negras (BA)

A Rede Mulheres Negras da Bahia (RMNBA) promoverá uma Aula Pública sobre o tema “Medida protetiva: não protege, não abriga, não acolhe mulheres negras”. A ação acontece em 17 de novembro de 2023, das 15h às 17h, na Praça Terreiro de Jesus, localizada no Pelourinho, no coração do Centro Histórico de Salvador (BA). Este evento é aberto ao público e representa uma oportunidade valiosa para a comunidade se envolver em discussões significativas e promover a conscientização sobre as questões que afetam as mulheres negras.
 

Serviço:

Aula Pública: Medida protetiva: não protege, não abriga, não acolhe mulheres negras

Data e hora: 17 de novembro de 2023 das 15h às 17h

Local: Praça Terreiro de Jesus, Pelourinho – Centro Histórico – Salvador, Bahia

Aberto ao público.

Valor da inscrição: Gratuito

Sobre o Fundo Brasil de Direitos Humanos

O Fundo Brasil de Direitos Humanos é uma fundação independente, sem fins lucrativos, criada em 2006 por ativistas com a missão de promover o respeito aos direitos humanos no país por meio de mecanismos sustentáveis, inovadores e efetivos para fortalecer organizações da sociedade civil e para desenvolver a filantropia de justiça social. A fundação faz isso captando recursos para destiná-los a organizações e comunidades que lutam por direitos fundamentais e combatem as desigualdades, a violência institucional e a discriminação em todo o país. Desta forma, atua como uma ponte, conectando doadores a projetos de transformação social.
 

A instituição apoia a busca por justiça racial e de gênero, a luta por direitos dos povos indígenas, de populações quilombolas e tradicionais, por justiça climática e socioambiental na Amazônia e fora dela, por direitos de crianças e jovens, de pessoas LGBTQIA+, de trabalhadores rurais e precarizados, de comunidades impactadas por obras de infraestrutura e empreendimentos urbanos, de vítimas da violência de Estado e seus familiares, a luta contra o encarceramento em massa e a tortura no sistema prisional, entre outras.
 

O Fundo Brasil já apoiou mais de 1.200 projetos e doou mais de R$ 50 milhões. Para saber mais, acesse o site do Fundo Brasil.

Sobre o Fundo Brasil de Direitos Humanos

O Fundo Brasil de Direitos Humanos é uma fundação independente, sem fins lucrativos, criada em 2006 por ativistas com a missão de promover o respeito aos direitos humanos no país por meio de mecanismos sustentáveis, inovadores e efetivos para fortalecer organizações da sociedade civil e para desenvolver a filantropia de justiça social. A fundação faz isso captando recursos para destiná-los a organizações e comunidades que lutam por direitos fundamentais e combatem as desigualdades, a violência institucional e a discriminação em todo o país. Desta forma, atua como uma ponte, conectando doadores a projetos de transformação social.

A instituição apoia a busca por justiça racial e de gênero, a luta por direitos dos povos indígenas, de populações quilombolas e tradicionais, por justiça climática e socioambiental na Amazônia e fora dela, por direitos de crianças e jovens, de pessoas LGBTQIA+, de trabalhadores rurais e precarizados, de comunidades impactadas por obras de infraestrutura e empreendimentos urbanos, de vítimas da violência de Estado e seus familiares, a luta contra o encarceramento em massa e a tortura no sistema prisional, entre outras.

O Fundo Brasil já apoiou mais de 1.200 projetos e doou mais de R$ 50 milhões. Para saber mais, acesse o site do Fundo Brasil.

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