Doença comum nas costas pode ser tratada com menos intervenção
A hérnia de disco atinge cerca de 5 milhões de brasileiros e, com o avanço das técnicas, pode ser operada de forma minimamente invasiva, com mais segurança e menos tempos de recuperação
São Paulo, julho de 2021 – Caracterizada quando o núcleo gelatinoso de um dos discos intervertebrais se desloca, podendo pinçar um dos nervos da coluna, a hérnia de disco é uma doença muito comum da coluna. Apenas entre os brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 5,4 milhões da população sofre com o problema.
“A cirurgia é realizada nos casos mais graves, não sendo necessária quando o paciente consegue cumprir com a mudança de hábitos que propomos”, explica Dr. Cezar de Oliveira, neurocirurgião, especialista em coluna do Hospital Sírio-Libanês. “Para os que sofrem com a doença, é necessário que as atividades físicas sejam incluídas na rotina, além de fisioterapia e cuidado da coluna. Tudo com supervisão profissional, claro”, completa.
O médico ainda explica que, caso realmente a intervenção cirúrgica seja necessária, contamos hoje com técnicas que demandam menos do paciente. “Hoje, graças à tecnologia, temos a chamada cirurgia minimamente invasiva, que é bem mais simples, demanda menos tempo, poucos cortes no paciente e uma recuperação bem rápida”, conta o especialista. Neste tipo de procedimento, o indivíduo submetido à intervenção corre menos risco de contrair infecções ou hemorragias.
Um dos procedimentos minimamente invasivos é a Cirurgia por Vídeo ou Endoscopia da Coluna. “Essa técnica é bem moderna e realizada por meio de uma pequena incisão no paciente, por onde passamos o endoscópio com uma câmera na ponta. Toda a cirurgia pode ser feita por meio deste pequeno corte”, explica o neurocirurgião, e ainda completa dizendo que o procedimento endoscópico vem revolucionando o tratamento cirúrgico da coluna, pois é menos traumático e com resultados bem próximos aos das técnicas convencionais.
Os problemas da coluna podem ser tratados das mais diversas formas, conforme explica o Dr. Cezar, sendo necessário ter sempre acompanhamento do profissional para determinar a melhor alternativa para cada caso.
“Além do grau da hérnia, o tratamento também dependerá do paciente e de suas condições de saúde. Por isso ressalto que o acompanhamento médico é essencial, até porque, muitas vezes, a hérnia não tem sintomas. De acordo com a Sociedade Europeia da Coluna (EUROSPINE), aproximadamente 50% da população mundial apresenta hérnia de disco assintomática”, finaliza.
Dr. Cezar Augusto Alves de Oliveira – Neurocirurgião – Especialista em Coluna, é o chefe das equipes da Neurocirurgia nos hospitais: Sírio-Libanês, AACD, Hcor, Rede São Luiz, Edmundo Vasconcelos e Santa Catarina. Possui especialização pela Harvard Medical School, com Prof. Chief Peter M. Black; fez residência médica com especialização em cirurgia da coluna, no Departamento de Neurocirurgia do Centro Médico da Universidade de Nova Iorque, com o Prof. Dr. Paul Cooper; é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Possui graduação pela Faculdade de Medicina de Campos (RJ) e cursou o Internato Eletivo em Neurocirurgia, no Instituto de Neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Instagram: @drcezardeoliveira