Educação e inclusão caminham de mãos dadas na rede municipal

Nos próximos dias, a Secretaria Municipal de Educação convocará profissionais credenciados para o atendimento de crianças com deficiência

A escola é um ambiente que precisa pregar e, acima de tudo, viver a inclusão. Nesse sentido é que a rede municipal de Educação tem priorizado estratégias para seus mais de 2,5 mil estudantes com algum tipo de síndrome ou deficiência; uma delas é o suporte aos professores da rede com o investimento em mão de obra específica, capaz de atender esse público, que necessita de cuidados especiais. “Por isso, realizamos um credenciamento de profissionais que atuarão como cuidadores em nossas unidades. É um investimento necessário”, aponta a secretária de Educação, Eerizania de Freitas.

Cerca de mil pessoas se inscreveram no processo que, em uma primeira chamada, convocará 50 cuidadores para complementar o quadro de profissionais que se dedicam ao cuidado das crianças com algum tipo deficiência. O credenciamento, vale ressaltar, não implica em obrigatoriedade do município de convocar os inscritos, que serão habilitados por ordem de apresentação da documentação solicitada no processo e análise curricular. O resultado será divulgado nos próximos dias no Diário Oficial.

A rede municipal já conta com mais de 200 profissionais focados nesse atendimento, dentre cuidadores efetivos, auxiliares, estagiários de pedagogia, enfermagem e psicologia; e também 120 coordenadores de Atendimento Educacional Especializado (AEE) que atuam nas escolas no atendimento às crianças especiais no contraturno escolar. Além disso, por meio do Centro Municipal de Apoio ao Deficiente, o CEMAD, a Secretaria possui profissionais formados e qualificados que visitam as unidades orientando e assessorando os coordenadores de inclusão.

“Trazer a inclusão como assunto é fundamental para que lembremos sempre do compromisso com estes estudantes que fazem parte da rede. A orientação do prefeito Roberto Naves, que é professor e sabe da importância de uma educação especial para aqueles que são mais especiais ainda, é que estratégias e ferramentas sejam adotadas para seguirmos avançando rumo a uma educação inclusiva”, finaliza a titular da Educação em Anápolis.

Cidadania
A inclusão escolar é garantida pela Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que aponta a necessidade de “assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. Além disso, a inclusão de crianças especiais no ambiente escolar também é fundamental para o estímulo do seu processo de aprendizagem, e pais e professores têm papel indispensável nele.

“Assim como toda criança, aquelas que têm algum tipo de deficiência também precisam iniciar a vida escolar ainda nos primeiros anos de vida. Por isso, nossas unidades têm se preparado cada vez mais para recebê-las, buscando espaços que ofereçam condições reais de lidar com os diversos desafios que são impostos, e de uma maneira que seja, sobretudo, inclusiva”, comenta a secretária.

A primeira infância é decisiva para o desenvolvimento motor e cognitivo futuro do indivíduo. De acordo com Juliana Amorim, diretora de Inclusão, Diversidade e Cidadania, nenhuma criança é igual, todas precisam de atenção personalizada, todas têm suas habilidades e dificuldades a serem trabalhadas. “Seja da Educação Infantil até os anos finais, que é o Ensino Fundamental, o trabalho conjunto entre escola e família traz ganhos muito expressivos para o dia a dia dessas crianças, não só no ambiente escolar, mas em toda a sua vida”, esclarece.

Quando o foco é a parte pedagógica, algumas estratégias são importantes nesse processo de inclusão, como a adequação e fragmentação do conteúdo, os estímulos visuais, as repetições necessárias, além dos comandos, que precisam ser claros e objetivos. “Boa parte dos estudantes que possuem Deficiência Intelectual (DI), podem apresentar um processamento mais lento em atividades voltadas para o raciocínio lógico, linguagem e autonomia. Por isso, as experiências compartilhadas, desde os conteúdos apresentados pelos professores até as trocas sociais da hora do lanche, são capazes de gerar integrações e progressos efetivos”, aponta a diretora de Ensino da Secretaria, Flávia Fernanda Souza.

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