Estudo revela dados sobre a prevenção do câncer de mama e do colo do útero no Centro-Oeste
Novembro Azul, Setembro Amarelo, Março Lilás… Cada mês do ano é dedicado a uma cor que ressalta a importância da prevenção. A OMS enfatiza, aliás, que tal atitude deve estar presente em todas as interações de saúde, e campanhas como o Outubro Rosa lembram quão essencial é o combate ao câncer de mama. No entanto, a doença como um todo é uma ameaça o ano inteiro, e dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam um alto número de novos casos no Brasil. Para o câncer de mama, o Inca estima 74 mil novos casos, por ano, entre 2023 e 2025, no Brasil. Já sobre o câncer do colo do útero, por exemplo, são previstas 17 mil novas ocorrências apenas para este ano. Acerca disso, um estudo realizado pela Famivita na região Centro-Oeste, em setembro de 2023, forneceu mais informações a respeito da prevenção a essas enfermidades, compondo um rápido panorama pertinente à saúde das mulheres. Conforme o trabalho, na região, 42% das mulheres têm dificuldades para agendar o exame ginecológico anual de rotina; 52% realizam os exames para a prevenção de câncer de mama e/ou colo do útero; e 62% tomaram a vacina contra o HPV.Recorte por RegiãoA partir dos dados por Região, o estudo mostrou, por exemplo, que referente à dificuldade para agendar o exame ginecológico anual de rotina, as mulheres assentiram sobre o tema em 47% no Nordeste; em 52%, no Norte; em 44%, no Sudeste; e em 37%, no Sul. Quando se trata da realização dos exames para prevenção do câncer de mama e/ou colo do útero, no Nordeste elas responderam fazê-los com 58%; no Norte, com 53%; no Sudeste, com 59%; e no Sul, com 66%. Já no tocante à vacina do HPV, no Nordeste, 67% das entrevistadas responderam positivamente sobre tomá-la; no Norte, esse número foi de 66%; no Sudeste, de 59%; e no Sul, de 56%. Sobre prevenção e timidez Não custa enfatizar: os melhores resultados em relação ao tratamento e qualidade de vida têm a ver diretamente com o diagnóstico precoce, nos estádios iniciais, e com o rápido começo do tratamento. Para isso, são fundamentais as ações preventivas, de modo a identificar os tumores para melhorar as chances de cura. Todavia, uma pesquisa efetuada em 2019, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), revelou que 4 milhões de brasileiras nunca foram ao ginecologista obstetra e outras 5,6 milhões não têm o hábito de ir a esse profissional, sendo que 11% das entrevistadas apontaram a vergonha como o principal motivo.Entre os principais exames pertinentes ao tema, figuram o exame físico ginecológico que avalia o corpo da mulher por completo; o Papanicolau, que previne o câncer de colo de útero; a Ultrassonografia Transvaginal, que é capaz de detectar lesões e outras formações no útero; e a mamografia, que embora não seja um exame ginecológico, é sempre solicitado em uma consulta de rotina pelo ginecologista.
Acerca da mamografia, é válido mencionar, também, que fazer o autoexame todos os meses não a substitui, embora ele seja muito importante. Além disso, a mamografia é oferecida a todas as mulheres, no Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo inclusive cobertura obrigatória dos planos.