Governo de Goiás divulga cuidados para evitar aumento de casos de dengue, zika e chikungunya
Chuvas irregulares nas últimas semanas favorecem eclosão dos ovos do mosquito ‘Aedes aegypti’. Estado já registra cerca de mil casos de dengue por semana
As chuvas irregulares em Goiás nas últimas semanas acendem o sinal de alerta do Governo de Goiás para o aumento de casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Pesquisas da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) revelam que as precipitações fora de época favorecem a eclosão antecipada dos ovos do mosquito e sua consequente proliferação, podendo levar ao aumento considerável dos casos de dengue, chikungunya e zika.
O gerente do Centro de Informações Meteorológica e Hidrológicas da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, André Amorim, ressalta que as chuvas irregulares em Goiás são resultantes do fenômeno El Niño, que favorece a chegada das frentes frias e as mudanças nas condições do tempo no estado. Ele prevê variação de nebulosidade, com pancadas de chuvas isoladas em várias regiões do estado até esta quinta-feira (07/09). A partir da semana que vem, o tempo deve permanecer estável, quente e seco.
O crescimento dos casos de doenças transmitidas pelo Aedes era previsto em novembro, quando começa, de fato, o período chuvoso. Mas dados da SES-GO demonstram que, atualmente, já são registrados cerca de mil casos de dengue por semana. O coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika da SES-GO, Murilo do Carmo, considera os números preocupantes. “Neste ano, já são seis mortes notificadas pela chikungunya. Grande parte das vítimas é de adultos jovens sem comorbidade. No ano passado, foram registadas dez mortes”.
Diante desse quadro, a Saúde estadual orienta os moradores a adotarem condutas preventivas simples e rotineiras. “Todos nós, poder público e sociedade, precisamos intensificar as ações agora, para frear o avanço dos casos de dengue quando realmente voltar o período de chuva”, acentua Murilo do Carmo. Entre as medidas estão a vedação da caixa d´água, o recolhimento e acondicionamento do lixo no quintal, a cobertura de cisterna e de todos os reservatórios de água.
O Aedes aegypti se reproduz nos lugares mais inusitados. Um criadouro muito comum é o recipiente de degelo das geladeiras. Mesmo cuidado deve ser adotado com os vasos de plantas, vasos sanitários, depósitos de água de umidificadores, ralos de banheiro e sifões de pias. O ovo do vetor, em contato com a água parada, leva em média sete dias para se transformar em mosquito adulto. Os quintais das residências também merecem atenção. Eles devem ser mantidos limpos, sem qualquer objeto que possa acumular água.
Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás