Indústria de higiene pessoal, cosméticos e limpeza doméstica consumiu 152 mil toneladas de plástico reciclado em 2022
Estudo sobre Índices de Reciclagem aponta crescimento de 46% na produção de plástico reciclado pós-consumo desde 2018, com mais de 1,1 milhão de toneladas
Reciclagem de plásticos (Banco de imagens)
De acordo com o Estudo Monitoramento dos Índices de Reciclagem Mecânica de Plásticos pós-consumo no Brasil, encomendado pelo PICPlast e realizado pela consultoria MaxiQuim, a indústria de higiene pessoal, cosméticos e limpeza doméstica consumiu cerca de 152 mil toneladas de plásticos PCR (resina reciclada após o uso do consumidor) em 2022, um aumento de 8,5% em comparação ao ano anterior, quando chegou a 140 mil toneladas. As principais aplicações são para garrafas e frascos em geral com 90 mil toneladas (PET PCR) e embalagens secundárias que consomem 44 mil toneladas (PEAD PCR).
De acordo com Maurício Jaroski, especialista em Inteligência de Mercado da MaxiQuim, o aumento na utilização desses materiais demonstra uma maior responsabilidade do setor com o consumidor e o meio ambiente, além de possibilitar maior versatilidade de embalagens
“O setor de higiene pessoal e cosméticos é um dos mais que cresce no país e com o alto volume de produção, também existe a preocupação sobre como os resíduos das embalagens destes produtos podem impactar o meio ambiente. Desta forma, observa-se uma movimentação desta indústria para se tornar mais adepta a esses recursos”, finaliza Maurício.
O estudo também mostra que, em comparação com 2021, o índice de plásticos pós-consumo reciclados registrou um aumento, passando de 23,4% para 25,6%. Esse é o maior índice observado desde o início da realização do estudo, que iniciou em 2018. Outro índice de destaque no levantamento é o crescimento de 46% na produção de plástico reciclado pós-consumo desde 2018, chegando a mais de 1,1 milhão de toneladas.
Sobre o PICPlast
O Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast) é uma iniciativa criada em 2013 pela Braskem, maior produtora de resinas das Américas, e ABIPLAST, Associação Brasileira da Indústria do Plástico, que prevê o desenvolvimento de programas estruturais que contribuam com a competitividade e o crescimento da transformação e reciclagem plástica. O PICPlast já investiu cerca de R$ 20 milhões em ações em prol da imagem do plástico e programas de capacitações.
A iniciativa é baseada em dois pilares: aumento da competitividade e inovação do setor de transformação, e promoção das vantagens do plástico. O PICPlast também conta com investimentos voltados ao reforço na qualificação profissional e na gestão empresarial. No pilar de vantagens do plástico, as frentes de trabalho são voltadas para reciclagem, estudos técnicos, educação e comunicação, com destaque para o Movimento Plástico Transforma. Para saber mais, acesse www܂picplast܂com܂br e www܂plasticotransforma܂com܂br.