IPCA foi de 0,25% em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,25%, 1,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro (1,35%). Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,56%, acima dos 4,52% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a variação havia sido de 0,21%.
Período | Taxa |
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Janeiro 2021 | 0,25% |
Dezembro 2020 | 1,35% |
Janeiro 2020 | 0,21% |
Acumulado em 12 meses | 4,56% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,02%) e o maior impacto (0,22 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas. A segunda maior contribuição positiva (0,08 p.p.) veio dos Transportes (0,41%) e a segunda maior variação, dos Artigos de residência (0,86%). O grupo Habitação, por sua vez, caiu em relação ao mês anterior (-1,07%), com o maior impacto negativo (-0,17 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o recuo de 0,07% em Vestuário e a alta de 0,39% em Despesas pessoais.
IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Dezembro | Janeiro | Dezembro | Janeiro | |
Índice Geral | 1,35 | 0,25 | 1,35 | 0,25 |
Alimentação e bebidas | 1,74 | 1,02 | 0,36 | 0,22 |
Habitação | 2,88 | -1,07 | 0,45 | -0,17 |
Artigos de residência | 1,76 | 0,86 | 0,07 | 0,03 |
Vestuário | 0,59 | -0,07 | 0,03 | 0,00 |
Transportes | 1,36 | 0,41 | 0,27 | 0,08 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,40 | 0,32 | 0,05 | 0,04 |
Despesas pessoais | 0,65 | 0,39 | 0,07 | 0,04 |
Educação | 0,48 | 0,13 | 0,03 | 0,01 |
Comunicação | 0,39 | 0,02 | 0,02 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O grupo Alimentação e bebidas (1,02%) desacelerou na comparação com o resultado de dezembro (1,74%). Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, variaram 1,06% em janeiro, resultado influenciado especialmente pela alta menos intensa das frutas (2,67%) e pela queda no preço das carnes (-0,08%). As variações desses dois itens em dezembro haviam sido de 6,73% e 3,58%, respectivamente. Por outro lado, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, subiram em janeiro, contribuindo com um impacto conjunto de 0,03 p.p. No lado das quedas, os destaques, além das carnes, foram o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%), que acumulou alta de 103,79% em 2020.
A alimentação fora do domicílio seguiu movimento inverso, passando de 0,77% em dezembro para 0,91% em janeiro, particularmente por conta da alta do lanche (1,83%).
Nos Transportes (0,41%), a desaceleração frente ao mês anterior (1,36%) deve-se, em grande medida, às passagens aéreas (-19,93%), cujos preços haviam subido 28,05% em dezembro. Os combustíveis (2,13%), por sua vez, apresentaram variação superior à do mês passado (1,56%), com destaque para a gasolina (2,17%) e o óleo diesel (2,60%). Os preços dos automóveis novos (1,31%) também subiram, contribuindo com 0,04 p.p. no resultado do mês.
Ainda em Transportes, a variação de 0,04% em ônibus urbano decorre da apropriação dos reajustes de 2,44% em Campo Grande (2,44%), vigente desde 30 de dezembro, e de 2,61% em Vitória (1,57%), em vigor desde 10 de janeiro. Nos ônibus intermunicipais (-0,47%), os reajustes foram em Vitória (3,30%), onde as passagens subiram entre 2,70% e 4,89%, a partir de 4 de janeiro, e em Fortaleza (2,40%), onde o reajuste de 3,99% entrou em vigor dia 11 de janeiro.
Em Artigos de residência (0,86%), o maior impacto (0,02 p.p.) veio dos itens de mobiliário (1,48%), que acumulam alta de 8,82% nos últimos cinco meses. Na sequência, vieram os eletrodomésticos e equipamentos (1,58%) e os artigos de cama, mesa e banho (1,27%).
A deflação observada no grupo Habitação (-1,07%) decorre especialmente da queda de 5,60% no item energia elétrica, que foi, individualmente, o maior impacto negativo no índice do mês (-0,26 p.p.) Após a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,343 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (contra R$ 6,243 no caso da bandeira vermelha patamar 2). As variações do item nas áreas foram desde os -8,01% de Brasília até o -0,54% de Campo Grande, onde houve aumento da alíquota de PIS/COFINS. No lado das altas, o maior impacto no grupo (0,04 p.p.) veio do gás de botijão (3,19%), cujos preços subiram pelo oitavo mês consecutivo.
Ainda em Habitação, a variação positiva do gás encanado (0,22%) ocorreu por conta do reajuste de 0,79% nas tarifas em São Paulo (0,36%), vigente desde 15 de janeiro. Já na taxa de água e esgoto (0,19%), o resultado observado decorre dos reajustes em Campo Grande (4,90%), Recife (2,03%) e Vitória (0,28%).
No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,32%), cabe mencionar o resultado do item plano de saúde (0,66%). Em janeiro, foi incorporada a primeira parcela da fração mensal do reajuste anual suspenso em 2020.
Em Despesas pessoais (0,39%), o destaque ficou com os subitens cartório (7,82%), pacote turístico (1,86%), cigarro (1,14%) e serviços bancários (0,79%), este último com impacto de 0,01 p.p. no índice do mês.
No que diz respeito aos índices regionais, apenas duas das 16 áreas pesquisadas apresentaram variação negativa. O menor resultado ficou com o município de Goiânia (-0,17%), influenciado pela queda de 7,53% na energia elétrica. Já o maior índice foi registrado no município de Campo Grande (0,53%), onde pesaram as altas da gasolina (2,42%) e da taxa de água e esgoto (4,90%).
IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada em 12 meses | ||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Dezembro | Janeiro | 12 meses | ||
Campo Grande | 1,57 | 1,51 | 0,53 | 7,28 |
Recife | 3,92 | 1,60 | 0,50 | 5,87 |
Rio Branco | 0,51 | 1,37 | 0,44 | 6,82 |
Vitória | 1,86 | 1,41 | 0,44 | 5,30 |
Curitiba | 8,09 | 1,38 | 0,44 | 4,35 |
Aracaju | 1,03 | 0,91 | 0,39 | 4,14 |
Fortaleza | 3,23 | 1,46 | 0,36 | 5,83 |
Belo Horizonte | 9,69 | 1,53 | 0,33 | 5,13 |
São Luís | 1,62 | 2,18 | 0,29 | 6,22 |
Salvador | 5,99 | 0,92 | 0,26 | 4,23 |
Porto Alegre | 8,61 | 1,85 | 0,25 | 4,30 |
São Paulo | 32,28 | 1,09 | 0,24 | 4,30 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 1,62 | 0,18 | 4,22 |
Brasília | 4,06 | 1,12 | 0,05 | 3,58 |
Belém | 3,94 | 1,51 | -0,03 | 4,18 |
Goiânia | 4,17 | 1,22 | -0,17 | 4,05 |
Brasil | 100,00 | 1,35 | 0,25 | 4,56 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2020 a 28 de janeiro de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2020 (base). Cabe lembrar que, devido ao quadro de emergência de saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março de 2020, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.
INPC varia 0,27% em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC do mês de janeiro teve alta de 0,27% enquanto, em dezembro, havia registrado 1,46%. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,53%, acima dos 5,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2020, a taxa foi de 0,19%.
Os produtos alimentícios subiram 1,01% em janeiro enquanto, no mês anterior, haviam registrado 1,86%. Já os não alimentícios apresentaram alta de 0,03%, após registrarem 1,33% em dezembro.
Quanto aos índices regionais, à exceção do município Goiânia (-0,25%), todas as áreas apresentaram variação positiva no mês. O maior resultado foi registrado na região metropolitana do Recife (0,61%), por conta das altas na gasolina (2,49%) e nas carnes (2,75%). Em Goiânia, o recuo se deu principalmente por conta da energia elétrica (-7,60%).
INPC – Variação por regiões – mensal e acumulada em 12 meses | ||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
Dezembro | Janeiro | 12 meses | ||
Recife | 5,60 | 1,65 | 0,61 | 6,95 |
Campo Grande | 1,73 | 1,62 | 0,60 | 8,44 |
Rio Branco | 0,72 | 1,38 | 0,44 | 7,56 |
Belo Horizonte | 10,35 | 1,67 | 0,43 | 6,02 |
Vitória | 1,91 | 1,43 | 0,40 | 6,71 |
Curitiba | 7,37 | 1,52 | 0,39 | 5,17 |
Aracaju | 1,29 | 0,89 | 0,38 | 4,45 |
Fortaleza | 5,16 | 1,46 | 0,35 | 6,37 |
Salvador | 7,92 | 0,96 | 0,30 | 4,97 |
Porto Alegre | 7,15 | 1,93 | 0,29 | 5,25 |
São Paulo | 24,60 | 1,20 | 0,25 | 5,54 |
São Luís | 3,47 | 2,09 | 0,21 | 6,10 |
Belém | 6,95 | 1,22 | 0,10 | 3,85 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 1,87 | 0,10 | 5,36 |
Brasília | 1,97 | 1,21 | 0,09 | 4,36 |
Goiânia | 4,43 | 1,39 | -0,25 | 4,73 |
Brasil | 100,00 | 1,46 | 0,27 | 5,53 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2020 a 28 de janeiro de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2020 (base).
Fonte: IBGE