Lei Aldir Blanc conclui pagamentos a artistas e leva cultura à população de Anápolis
Iniciativa disponibilizou mais de R$ 2,4 milhões aos artistas e espaços culturais locais
A Lei Aldir Blanc disponibilizou mais de R$ 2,4 milhões de recursos federais para o setor cultural em Anápolis com a realização de oito editais que contemplaram 476 propostas atendendo artistas e 13 solicitações de auxílio a espaços. No dia 30 de dezembro, foram concluídos os repasses dos dois últimos editais. Os recursos são oriundos do Ministério do Turismo e a Prefeitura de Anápolis realizou os editais e atendimento aos artistas.
O artista José Loures, de 33 anos, conta como o isolamento social reduziu as possibilidades de renda pelo exercício da profissão. “Neste contexto, o recurso da Lei contribuiu de várias formas, para além do próprio auxílio, levou à população a mensagem de que a arte também é uma profissão, ajudando a quebrar muitos preconceitos”, explica.
Todas as modalidades dos oito editais exigem contrapartida à comunidade, com produções nas mais variadas linguagens (teatro, música, economia criativa, cultura popular, cinema, dança, dentre outras). Entre as ações estão shows, apresentações, podcasts, oficinas, performances, catálogos e doações de obras para fins filantrópicos, tudo com acesso gratuito.
A bailarina Rayellen Dimaria, de 25 anos, dança desde os 11 e se tornou professora aos 15. Quando a pandemia chegou, impactou profundamente suas possibilidades de ministrar aulas e as formas de obter renda se tornaram escassas, por vezes até trabalhou sem receber. “Os recursos da Lei trouxeram oportunidade aos artistas de sobreviverem em meio à pandemia, dando esperança de conseguir trabalhar com sua arte em meio a tanto caos” destaca.
Editais
Os dois editais abertos em 2021 realizaram os pagamentos no final da última semana e prometem duas ações e 21 eventos a serem realizados ao longo deste semestre em modo presencial, online ou híbrido. “Apesar de ser um recurso federal, o papel do município se encontra o mais próximo possível dos artistas, desde o acesso aos recursos até o suporte na melhor forma de entregar os bens culturais das contrapartidas à população”, explica a secretária municipal de Integração Social, Esporte, Cultura e Lazer, Andrea Lins.
Os seis editais abertos em 2020 contam com atividades online que chegam a mais de 200 vídeos e doações de peças. Cerca de 300 itens de artesanato foram entregues como contrapartida que tiveram como destino o projeto Colmeia. A doação proporcionou a realização de um bazar beneficente realizado no último dia 11 de dezembro. Logo após, os itens não vendidos continuam à disposição do público consumidor e todo o valor arrecadado será em prol do atendimento às famílias das vítimas de câncer. “É um ciclo que compreende desde o auxílio ao artista até uma outra forma da população perceber a cultura como um setor produtivo e profissional”, aponta a diretora de Cultura, Nabyla Carneiro.