Manobristas são fundamentais no cotidiano das cidades
14 de janeiro é o dia deles e alguns contam como é trabalhar no maior estacionamento vertical de Goiânia
Deixar o carro na entrada de um estabelecimento comercial e seguir para o seu compromisso enquanto o veículo é estacionado e, ao final, recebê-lo no ponto que o deixou. Essa é uma comodidade utilizada diariamente por centenas de milhares de pessoas no Brasil todo e onde o profissional que executa o trabalho de estacionar o automóvel e depois entregá-lo nem sempre é reconhecido. Contudo, eles têm uma data em sua homenagem, 14 de janeiro é o Dia do Manobrista.
Em Goiânia, o Órion Business & Health Complex é o maior estacionamento vertical da cidade, com mais de mil vagas e com fluxo diário médio de 1.100 veículos. O gerente da empresa que administra o estacionamento, André Galvão Cruz, de 43 anos, atua há 16 na área e fala como é trabalhar no local. “Por ser um edifício e empreendimento de referências, os desafios e demandas são diárias, exige atenção e capacitação constante”, destaca.
Segundo ele, a adaptação ao trabalho como manobrista é natural. “Acontece com prática diária e treinamento, mas tem que gostar de dirigir e ser bom motorista. Caso contrário terá dificuldade em se manter na profissão, pois é necessário atenção, conhecimento dos veículos e prática”, salienta André, citando ainda a diferença de atuação no Órion e em outros estabelecimentos como shoppings e eventos. “As diferenças notáveis, estrutura física no local, público frequentador e tipo de serviço prestado”.
Líder
Mesmo atuando a menos tempo na área, Dorivaldo Rodrigues da Silva, de 46 anos, já foi conquistado pela profissão. Ele começou a trabalhar como manobrista há cinco anos no Órion. “Comecei por acaso, com a indicação de um colega e foi fácil a adaptação”, conta. Dois anos depois ele se tornou o manobrista líder da equipe composta por 46 funcionários. “Na liderança eu determino quando e como algo deve ser feito, faço o treinamento dos novatos, oriento o funcionamento e os atendimentos”, explica sobre a função.
No empreendimento existe um andar apenas para que os manobristas estacionem, mas nos outros os profissionais também estão disponíveis para auxiliar os motoristas que desejam estacionar o próprio veículo. Trabalhando no edifício comercial mais alto de Goiânia, e um dos maiores do país, Dorivaldo detalha o gosto pela profissão. “Mesmo com o movimento alto não vejo dificuldade, acho o serviço tranquilo. Algo que ajuda também é que gosto de lidar com pessoas”, ressalta.
Por sua vez, o gerente André Galvão revela quais são os pontos que analisa para contratar um manobrista para atuar no Órion Complex. “No meu caso, os requisitos básicos iniciais para avaliação são ser habilitado, mínimo na categoria B, analisar se é bom motorista e se realmente o candidato quer exercer a função. Além de saber trabalhar em equipe, ter conhecimento básico sobre veículos e no atendimento ao cliente”, pontua.
