O Futuro da Legalização dos Cassinos Físicos no Brasil
Por Mario Guardado – Consultor Internacional de Cassinos Físicos
Tive a oportunidade de participar do BIS Sigma 2025, o maior evento da América Latina sobre jogos, apostas regulamentadas e o futuro da legalização dos cassinos físicos. Realizado entre os dias 7 e 10 de abril de 2025 no Transamerica Expo Center, em São Paulo, o evento reuniu líderes políticos, empresários e especialistas para debater os impactos econômicos, sociais e jurídicos da indústria do jogo no Brasil.
Entre os destaques do evento, a palestra do Senador Irajá, relator da proposta de lei que visa legalizar os cassinos físicos no Brasil, abordou com profundidade os desafios, estratégias e benefícios dessa transformação histórica.
Liderança e Estratégia Política
O Senador Irajá, que representa o estado do Tocantins e divide seu tempo entre Palmas e Brasília, foi claro ao afirmar que o projeto de lei está na reta final. Resta apenas uma última votação no plenário do Senado, que exige maioria simples para ser aprovada. A responsabilidade de incluir o projeto na pauta pertence ao atual presidente do Senado, Senador Davi Alcolumbre, que também apoia o avanço da proposta e já foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça, onde a medida foi aprovada.
O senador enfatizou a necessidade de habilidade política, técnica legislativa e diálogo diplomático com todas as bancadas, incluindo a evangélica, para alcançar o consenso. “É hora de decidir o futuro com responsabilidade e coragem”, afirmou.
Impacto Econômico e Social
Durante sua fala, Senador Irajá apresentou dados impressionantes: estima-se que a legalização dos cassinos físicos poderá atrair mais de US$ 100 bilhões em investimentos em infraestrutura, com efeito direto sobre o turismo, a construção civil, a hotelaria, a gastronomia, o entretenimento e a realização de eventos de grande porte.
Segundo ele, essa transformação deverá dobrar o número de turistas internacionais no país — de 6 milhões para 12 milhões por ano — e gerar R$ 22 bilhões em impostos anuais, além de centenas de milhares de empregos diretos e indiretos. Os novos recursos tributários reforçarão os orçamentos da saúde, educação, segurança pública, esporte e programas sociais, com impacto real na qualidade de vida da população.
Apoio Técnico e Setorial
O senador destacou que a proposta conta com pareceres técnicos favoráveis de diversos ministérios, incluindo Fazenda, Turismo, Saúde, Esporte e Desenvolvimento Econômico, além de apoio de órgãos como a Receita Federal, Polícia Federal e agências de controle e fiscalização.
Do setor privado, o apoio também é massivo: entidades como a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) e a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) já se posicionaram de forma pública e entusiástica a favor da legalização.
Comparativo Internacional
O Brasil é atualmente uma das únicas grandes economias do mundo que ainda não legalizou os cassinos físicos. Dentro do G20, apenas Brasil e Indonésia mantêm proibição. Na América do Sul, apenas Brasil e Bolívia seguem sem regulamentação. A permanência nesse status, segundo o senador, é uma incoerência econômica e política diante das realidades globais.
Tocantins no Mapa do Turismo Internacional
Com visão estratégica, o Senador Irajá manifestou interesse em ver seu estado, Tocantins, como um dos primeiros destinos a receber investimentos em cassinos físicos, especialmente na região entre Palmas e Jalapão — uma área com enorme potencial turístico ainda inexplorado.
Conclusão
Com transparência, argumentos sólidos e apoio técnico-político, o Senador Irajá reafirmou seu compromisso com um Brasil mais moderno, competitivo e justo. A legalização dos cassinos físicos representa uma virada histórica que pode inserir o país entre os 10 destinos turísticos mais visitados do mundo, com geração de riqueza, formalização de empregos e desenvolvimento regional.