Profissional de educação do Sesc Goiás explica como os fatores que influenciam diretamente na decisão
Quando os pais precisam decidir em qual escola vão matricular os filhos, tendo como critério a expectativa deles, é preciso pensar como essa escola se planeja para receber a criança. A assessora da gerência de Educação do Sesc Goiás, Alessandra Jacome explica que o primeiro critério para uma boa escolha é observar como as relações são estabelecidas dentro da escola. “Ao chegar, é preciso ver como essa família, tanto os pais quanto os filhos são acolhidos pelos profissionais que estão ali, desde o porteiro até à diretora da instituição. É preciso entender qual é o clima em termos de relacionamento, essa escola acaba transmitindo para você que está fazendo essa escolha”, explica Alessandra.
O Momento Saber é uma iniciativa do Sistema Fecomércio Sesc-Senac, que tem por presidente Marcelo Baiocchi. O Sistema integra a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros.
O segundo critério é a infraestrutura. A profissional pondera que ao olhar para as paredes da instituição é necessário observar a forma como o espaço está organizado. “O ambiente deve convidar essa criança a se sentir pertencente àquele lugar, porque aquilo que se coloca, que se mostra nas paredes na forma de organizar espaços e materiais diz muito da instituição, dos valores e conhecimentos que se pretende trabalhar com as crianças ali”, destaca.Alessandra explica que outro aspecto é a segurança, que deve estar além da presença de detectores de metais e grades, passando pelos profissionais que estão na escola. “É importante que eles conheçam quem entra e quem sai pelos portões da escola diariamente, saibam o nome dos estudantes, dos outros profissionais e de quem são os pais que entram e saem todos os dias”, pondera. De acordo com a profissional, a segurança está ligada também à forma como os móveis é organizada nas salas, se a presença de materiais está de maneira adequada, e se as áreas tanto externas como as áreas internas são preparadas. “É preciso verificar se há algum tipo de material que possa trazer risco para as pessoas que circulam ali. Outro tipo de segurança é em termos de ajuda para aquilo que a criança precisa, se acaso ela não sentir bem, seja bem fisicamente ou emocionalmente”, explica. O próximo critério, segundo a assessora da gerência de educação, é a formação dos colaboradores administrativos. Isso é algo muito importante para quem atende a criança na portaria, quem recebe os pais na secretaria, quem cuida da parte administrativa relacionada à alimentação e higiene. Esses profissionais compõem o quadro de educadores daquela instituição e eles precisam ter informação específica para fazer um bom atendimento. “É importante ainda verificar se a escola pensa o currículo de todos, se ela atende às especificidades da educação infantil, tendo um currículo para os anos iniciais, outro para os anos finais ou para o médio, porque cada etapa da educação básica tem especificidades curriculares”, destaca.Alessandra também esclarece que é preciso haver organização curricular e conteúdo diverso a ser trabalhado com os alunos. “Por exemplo, temos que analisar se essa criança é atendida nas suas necessidades lúdicas, se há espaço para construção de memórias afetivas, se essa criança tem direito ao contato com a natureza, se ela tem espaço para expressar-se, para conhecer-se. Além de tudo isso, é necessário constatar se ela tem espaço para desenvolver criatividade, pensamento reflexivo e crítico e se tem espaço para desenvolver as múltiplas formas de arte”, acrescenta.Outro aspecto a ser considerado é o desenvolvimento das competências socioemocionais. “A escola pode trabalhar nas crianças a capacidade delas de entender sentimentos dos mais variados, como por exemplo o sentimento de frustração, de alegria, de ser aceito e de aceitar a capacidade de cooperar, de se relacionar com o outro em diversas situações, de lidar com os conflitos dos cidadãos, ser solidário, cooperativo, autônomo, responsável pelas decisões e que saiba lidar com os desafios do cotidiano”, finaliza.
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