Sábado tem feira dentro do canteiro de obras, em Aparecida de Goiânia
Quebrando paradigmas, agrofloresta dentro de condomínio em implantação na Avenida São Paulo produz dezenas de cestas por semana repletas de itens como alface, chuchu, jiló e beterraba, tudo sem agrotóxico. Produção é distribuída para trabalhadores da obra e futuros moradores
Colher seu próprio alimento no quintal de casa e sem agrotóxicos. Esse é um dos principais diferenciais do projeto do Parqville Figueira, um condomínio horizontal que está sendo construído na cidade de Aparecida de Goiânia (Grande Goiânia). É que os empreendedores incluíram uma agrofloresta no projeto, e mesmo em fase inicial, ela já produz cerca de 100 cestas por semana repletas de itens como alface, chuchu, jiló e beterraba, berinjela e rúcula, tudo sem agrotóxico.
A colheita dos alimentos ocorre aos sábados, sendo distribuída para os futuros moradores do condomínio e aos trabalhadores que estão construindo o empreendimento. “É muito gratificante poder ir à horta com a minha filha para colher cheiro verde, alface, cenoura, berinjela, quiabo, rúcula, couve e outras variedades de hortaliças, e saber que não estou só levando alimentos para casa, mas também qualidade de vida”, diz a administradora Francis Zardo, futura moradora do condomínio. “Colher o próprio alimento, sem dúvidas, é uma experiência incrível”, relata o auxiliar de engenharia civil do Parqville Figueira, Rafael Alves do Carmo, que costuma levar maxixe e alface regularmente para casa.
O empreendimento residencial, batizado como Parqville Figueira, é o primeiro da região metropolitana a contar com uma agrofloresta, em plena zona urbana. Implantada em uma área de 1.100 m², ela é técnica de reflorestamento, incluída no projeto do residencial após a descoberta de dois olhos d’água (nascentes), detectados durante o desenvolvimento do empreendimento.
“Por ser primeiro condomínio horizontal com sistema agroflorestal em zona urbana, o Parqville Figueira se destaca no quesito sustentabilidade. E nós, colaboradores, também somos beneficiados pelas diversas espécies de hortaliças plantadas no condomínio”, expõe a estagiária de engenharia civil e gestão da qualidade do condomínio, Marciella Gusmão.
A proposta encontrou sintonia com o propósito da CINQ Desenvolvimento Imobiliário, desenvolvedora do projeto, que visa desenvolver soluções urbanísticas que resgatem a convivência saudável entre vizinhos, a saúde e o contato com a natureza.
“O plantio e a colheita dos alimentos nesse contexto da agrofloresta estão baseados na compreensão e no respeito aos processos naturais, promovendo a conexão entre as pessoas e a terra”, destaca o coordenador de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente da Cinq, Guilherme Soares de Oliveira Teles Pinto. Ele lembra que, quando o condomínio ficar pronto, a agrofloresta continuará produzindo de forma natural e respeitando o ciclo das árvores. “O que mudará é o tipo de alimento, pois as espécies vão se alterando na medida em que a copa das árvores aumenta, além disso contará com o espaço na fazenda urbana com a produção de hortaliças para atender a demanda do condomínio”, explica.