4 em cada 10 mulheres deixam o trabalho após serem mães

Flexibilidade de horários é um ponto importante para mulheres conseguirem conciliar carreira e filhos

Pesquisa realizada pela London School of Economics and Political Science (LSE), da Inglaterra, em parceria com a Universidade Princeton, nos Estados Unidos, comparou a condição de trabalhadores em 134 países, com e sem filhos, mas de perfil profissional similar. O estudo constatou que a chegada do primogênito é um divisor de águas na trajetória feminina: 24% das mulheres deixam o emprego no ano inicial da vida do bebê e 15% permanecem afastadas depois de uma década. O quadro é ainda mais alarmante no Brasil: 42% das novas mães deixam suas ocupações ao parir, e 35% seguem nessa condição dez anos depois de dar à luz.

Uma alternativa de muitas mães para não entrar nesses números é ter um emprego com flexibilidade de horários. A advogada Julieta Resende, que possui um casal de filhos de 14 e 11 anos, acabou encontrando na corretagem de imóveis uma alternativa. “Eu escolhi essa profissão para conciliar com a rotina dos meus filhos, para levá-los para escola e outros compromissos e seguir fazendo meus atendimentos”, destaca ela, que atua na imobiliária URBS Donna, em Goiânia.

Julieta é corretora de imóveis há dois anos, é advogada por formação e antes atuava na área e também auxiliava o marido em suas empresas. “Hoje, não abriria mão dessa liberdade que tenho. É um privilégio conciliar o trabalho com a vida de mãe”, ressalta a profissional, que atua no segmento de condomínios horizontais.

Estilo de vida
A também corretora de imóveis Nara Carvalho está há quase dois anos na área, antes atuava como gerente comercial na área de cosméticos, inclusive em home office. “Eu sempre gostei de trabalhar com flexibilidade de horários, ter autonomia, isso se encaixa no meu estilo de vida”, afirma ela, que tem uma filha de 9 anos.

“Eu organizei minha rotina profissional com a maternidade, no período da manhã me dedico ao trabalho. Depois busco minha filha na escola e às vezes tenho que levá-la em outras atividades, mas consigo conciliar com o trabalho. O pai também reveza comigo algumas vezes”, conta a corretora.

Nara atualmente também atende na unidade URBS Donna, do Grupo URBS, e foi atraída pelo projeto de ser uma agência formada unicamente por mulheres. “Sempre gosto de contribuir nesse tipo de projeto, que valoriza as habilidades femininas, e trazem o empoderamento”, destaca ela.

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