Aumento de casos de dengue sobrecarrega unidades de saúde

Só na UPA Pediátrica, número de atendimentos subiu mais de 100%

Nos primeiros três meses de 2022, as notificações de casos de dengue superaram a marca de 200% em relação ao ano passado. Mesmo com os esforços dos agentes de endemias e da Prefeitura de Anápolis, 80% das residências e estabelecimentos visitados apresentam focos do Aedes aegypti. A principal consequência é a sobrecarga das unidades de saúde da rede, que têm sido bastante procuradas por pacientes com sintomas.

A UPA Pediátrica é um grande exemplo. O número de crianças com suspeita da doença aumentou significativamente. Para se ter uma ideia, somente no mês de março foram mais de 10 mil crianças atendidas, um volume bem acima da média mensal, que gira em torno de 4,2 mil atendimentos. “Devido ao período chuvoso, à sazonalidade e ao ciclo do mosquito, que aumenta a sua incidência a cada dois anos, o crescimento em 2022 é inevitável”, explica o secretário municipal de Saúde, Júlio César Spíndola.

E não é só a UPA Pediátrica que apresenta uma sobrecarga no atendimento. A UPA da Vila Esperança e a unidade do Parque Iracema também dobraram o número de atendimentos por causa do avanço das notificações. Isso porque a Secretaria Municipal de Saúde, de forma estratégica, ampliou o atendimento a casos leves em todas as unidades básicas de saúde.

“As notificações de dengue têm aumentado consideravelmente, mas não podemos esquecer as outras patologias. Por isso, pedimos à população que nos ajude na guerra contra o mosquito. Sem a conscientização da comunidade, não conseguimos vencer essa batalha”, ressalta o secretário.

Nos próximos dias, novas estratégias para conter a sobrecarga no sistema deverão ser tomadas por parte da Prefeitura, mas é necessário que a população faça o seu papel, evitando criadouros do mosquito.

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