Contax; Callcenter; Telemarketing, Serviços Foto: Germano Lüders 22/03/2018

Volume dos serviços cresce 2,6% em novembro

Em novembro de 2020, o volume de serviços no Brasil cresceu 2,6% frente a outubro, na série com ajuste sazonal, sexta taxa positiva seguida, gerando um ganho acumulado de 19,2%. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com novembro de 2019, o volume de serviços recuou 4,8% em novembro de 2020, nona taxa negativa seguida. No acumulado do ano, o volume de serviços caiu 8,3% frente a igual período de 2019. O acumulado nos últimos doze meses (7,4%) manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro (1,0%) e apontou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, iniciada para esse índice, em dezembro de 2012.

PeríodoVariação (%)
VolumeReceita Nominal
Novembro 20 /Outubro 20*2,62,7
Novembro 20 / Novembro 19-4,8-4,1
Acumulado Janeiro-Novembro-8,3-7,6
Acumulado nos Últimos 12 Meses-7,4-6,5
*série com ajuste sazonal

Ao avançar 2,6% em novembro de 2020, o setor de serviços apresentou a sexta taxa positiva consecutiva, com ganho acumulado de 19,2%. Contudo, este avanço ainda é insuficiente para reverter a perda de 19,6% verificada entre fevereiro e maio. Assim, o volume de serviços no Brasil ainda se encontra 14,1% abaixo do recorde histórico, de novembro de 2014 e 3,2% abaixo de fevereiro de 2020.

A alta de 2,6% do volume de serviços de outubro para novembro de 2020 foi acompanhada pelas cinco atividades investigadas. Os destaques foram para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%), serviços prestados às famílias (8,2%) e profissionais, administrativos e complementares (2,5%). Os dois primeiros setores foram os mais afetados pela pandemia da COVID-19, que impactou mais duramente os serviços de caráter presencial.

Os transportes, com a sétima alta seguida, já acumulam ganho de 26,7% entre maio e novembro, mas ainda necessitam avançar 5,4% para voltar ao nível de fevereiro. Os serviços prestados às famílias registraram a quarta alta seguida e já acumulam ganho de 98,8% nos últimos sete meses, mas ainda precisam crescer 34,2% para retornar ao patamar de fevereiro. Por sua vez, os serviços profissionais, administrativos e complementares chegaram a um ganho de 9,5% no período de junho a novembro, após caírem 16,8% entre fevereiro e maio.

Os demais avanços vieram dos serviços de informação e comunicação (0,5%) e de outros serviços (0,5%). A primeira atividade acumula um ganho de 4,6% de setembro a novembro; e a última volta a subir, após ter recuado 3,9% em outubro. Ambos são os únicos setores que já superaram o nível de fevereiro, impulsionados pelos bons desempenhos dos segmentos de tecnologia da informação; e dos serviços financeiros auxiliares, respectivamente.

média móvel trimestral dos serviços cresceu 2,2% no trimestre encerrado em novembro frente a outubro, mantendo trajetória ascendente desde julho. Entre os setores, houve altas nas cinco atividades, com destaque para serviços prestados às famílias (7,7%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,0%), informação e comunicação (1,5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e outros serviços (0,7%).

Frente a novembro de 2019, o volume do setor de serviços caiu 4,8%, nona taxa negativa seguida para este tipo de indicador. Em novembro de 2020, houve retração em três das cinco atividades e altas em 35,5% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre as atividades, os serviços os serviços profissionais, administrativos e complementares
(-10,7%) e os serviços prestados às famílias (-26,2%) exerceram as influências negativas mais importantes. Os primeiros foram pressionados, pela queda nas receitas das empresas que atuam nos ramos de gestão de ativos intangíveis; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; limpeza geral; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; agências de viagens; e locação de automóveis. Já nos serviços prestados às famílias as maiores pressões vieram da queda nas receitas de restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e atividades de condicionamento físico.

O outro recuo veio dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-3,7%), explicado, principalmente, pela queda de receita das empresas de transporte aéreo, rodoviário coletivo e metroferroviário (todos de passageiros); e de correio nacional.

Em contrapartida, as contribuições positivas vieram de outros serviços (7,3%) e de serviços de informação e comunicação (1,0%), impulsionados pelo aumento de receita das empresas dos ramos de administração de bolsas e mercados de balcão organizados; recuperação de materiais plásticos; corretoras de títulos e valores mobiliários; atividades de pós-colheita; e tratamento e disposição de resíduos não perigosos, no primeiro setor; e de portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; e atividades de TV aberta, no último.

Pesquisa Mensal de Serviços – Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação – Novembro 2020 – Variação (%)
Atividades de DivulgaçãoMês/Mês anterior (1)Mensal (2)Acumulado no ano (3)Últimos 12 meses (4)
SETOUTNOVSETOUTNOVJAN-SETJAN-OUTJAN-NOVAté SETAté OUTAté NOV
Volume de Serviços – Brasil2,21,82,6-7,0-7,4-4,8-8,8-8,7-8,3-6,0-6,8-7,4
1. Serviços prestados às famílias10,05,08,2-36,4-29,9-26,2-38,6-37,7-36,6-28,4-31,1-33,4
1.1 Serviços de alojamento e alimentação10,36,89,1-38,4-30,4-26,0-40,2-39,1-37,9-29,4-32,2-34,4
1.2 Outros serviços prestados às famílias11,1-3,11,5-25,1-27,4-27,6-30,0-29,7-29,5-23,1-25,2-27,5
2. Serviços de informação e comunicação2,12,00,5-0,80,01,0-2,5-2,3-2,0-0,9-1,3-1,5
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC)1,51,7-0,31,43,42,8-0,10,20,50,70,70,7
2.1.1 Telecomunicações0,2-0,2-0,5-2,8-2,7-3,2-3,7-3,6-3,5-3,1-3,2-3,4
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação3,55,3-0,28,814,613,26,57,47,97,78,18,3
2.2 Serviços audiovisuais5,80,25,6-16,9-21,6-9,5-19,7-19,9-18,8-11,7-15,2-16,7
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares-0,31,02,5-13,3-13,4-10,7-11,8-12,0-11,8-8,0-9,4-10,6
3.1 Serviços técnico-profissionais-1,22,22,5-7,1-6,6-2,9-6,3-6,3-5,9-1,9-3,2-4,6
3.2 Serviços administrativos e complementares1,60,31,5-15,5-16,0-13,7-13,7-13,9-13,9-10,1-11,6-12,7
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio1,62,02,4-5,9-8,1-3,7-8,6-8,5-8,1-6,6-7,3-7,5
4.1 Transporte terrestre2,81,94,2-8,1-10,6-4,9-13,0-12,7-12,0-10,4-11,3-11,5
4.2 Transporte aquaviário3,20,8-3,810,99,01,411,210,910,09,29,89,5
4.3 Transporte aéreo21,40,96,8-35,5-37,7-32,0-37,6-37,6-37,1-27,1-30,4-33,1
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio-1,81,91,62,40,45,22,32,12,41,91,72,4
5. Outros serviços5,7-3,90,513,28,67,36,16,46,56,56,86,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria; (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior; (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores.

No acumulado do ano, frente a igual período de 2019, o setor de serviços recuou 8,3%, com queda em quatro das cinco atividades e altas em apenas 25,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-36,6%) exerceram a principal influência negativa, devido à queda nas receitas de restaurantes; hotéis; e de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. O setor ainda mostra ritmo lento de retomada de suas atividades, em função do caráter presencial da prestação de seus serviços.

Outras pressões negativas importantes vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-11,8%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio
(-8,1%). Os resultados do primeiro ramo são explicados, principalmente, pela redução na receita das empresas de gestão de ativos intangíveis; administração de programas de fidelidade; soluções de pagamentos eletrônicos; limpeza geral; agências de viagens; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; atividades técnicas relacionadas à arquitetura e à engenharia; e aluguel de máquinas e equipamentos.

Na segunda atividade, houve queda de receita em transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; rodoviário de cargas; correio nacional; e metroferroviário de passageiros.

Com menor impacto no índice geral, frente às demais atividades, os serviços de informação e comunicação (-2,0%) tiveram perdas de receita nos segmentos de telecomunicações; programadoras e atividades relacionadas à televisão por assinatura; atividades de exibição cinematográfica; operadoras de TV por satélite; e consultoria em tecnologia da informação.

Em contrapartida, a única contribuição positiva no acumulado de janeiro a novembro de 2020, frente a igual período do ano anterior, ficou com o setor de outros serviços (6,5%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; atividades de administração de fundos por contrato ou comissão; e coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial.

Serviços cresceram em 19 das 27 Unidades da Federação

Regionalmente, a maior parte (19) das 27 unidades da federação assinalou expansão no volume de serviços em novembro de 2020, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço (2,6%) observado no Brasil – série com ajuste sazonal. São Paulo (3,2%) exerceu o avanço mais importante. Outras contribuições positivas relevantes vieram de Minas Gerais, (2,8%), do Rio de Janeiro (1,3%), do Rio Grande do Sul (3,2%), de Pernambuco (5,2%) e do Paraná (2,1%). Já a principal retração foi do Distrito Federal (-9,9%).

Frente a novembro de 2019, o recuo do volume de serviços no Brasil (-4,8%) foi acompanhado por 22 das 27 unidades da federação. As principais influências negativas ficaram com São Paulo (-3,8%) e Rio de Janeiro (-7,9%), seguidos por Distrito Federal (-18,6%), Paraná (-8,6%) e Rio Grande do Sul (-6,9%). Por outro lado, Santa Catarina (4,6%) assinalou o resultado positivo mais relevante.

De janeiro a novembro de 2020, frente a igual período de 2019, a queda do volume de serviços no Brasil (-8,3%) se deu em todas as 27 unidades da federação. O principal impacto negativo veio de São Paulo (-7,9%), seguido por Rio de Janeiro (-7,5%), Rio Grande do Sul (-13,1%), Paraná (-10,0%), Minas Gerais (-6,9%) e Bahia (-16,0%).

Índice de atividades turísticas tem alta de 7,6% em novembro

Em novembro de 2020, o índice de atividades turísticas cresceu 7,6% frente ao mês imediatamente anterior, sétima taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 120,8%. Mas o segmento de turismo ainda necessita avançar 42,8% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020, já que o isolamento social atingiu mais intensamente boa parte das atividades turísticas, principalmente, transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.

Regionalmente, nove das 12 unidades da federação acompanharam este movimento de expansão observado no Brasil, com destaque para São Paulo (11,0%), seguido por Rio de Janeiro (5,4%), Bahia (11,8%), Pernambuco (11,8%) e Goiás (9,9%). Em sentido oposto, Santa Catarina (-7,1%) e Minas Gerais (-3,2%) assinalaram as quedas mais importantes.

Frente a novembro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil caiu 29,6%, nona taxa negativa seguida, pressionado, principalmente, pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; serviços de bufê; agências de viagens; e locação de automóveis.

Houve quedas nos serviços voltados ao turismo em todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (-35,4%), Rio de Janeiro (-24,0%), Minas Gerais (-30,5%), Rio Grande do Sul (-37,7%) e Distrito Federal (-40,8%).

No acumulado de janeiro a novembro 2020, o agregado especial de atividades turísticas recuou 37,4% frente a igual período do ano passado, pressionado, sobretudo, pelos ramos de restaurantes; transporte aéreo; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; catering, bufê e outros serviços de comida preparada; e agências de viagens. Houve quedas nos 12 locais investigados, com destaque para São Paulo (-40,3%), Rio de Janeiro (-31,1%), Minas Gerais (-35,8%), Bahia (-39,6%) e Rio Grande do Sul (-43,9%).

Fonte: IBGE

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